Mensagens da JBS: presidente do STJ quer apurar “fatos graves”
A ministra Laurita Vaz enviou ofício a Rodrigo Janot nesta segunda-feira.
A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra
Laurita Vaz, pediu à Procuradoria-Geral da República a apuração das suspeitas
de que a JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, tentou comprar sentenças na
corte.
Em nota, a
ministra informou que solicitou urgência na investigação, a partir de mensagens publicadas na última edição
de VEJA que, nas palavras dela, apontam o “envolvimento de
ministros do Superior Tribunal de Justiça em fatos considerados graves, que
atingem a dignidade e a honradez do Tribunal e de seus membros”.
Em ofício
enviado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Laurita Vaz pediu que
as informações da investigação a ser iniciada sejam compartilhadas com o
Supremo Tribunal Federal (STF), corte responsável por conduzir eventuais
apurações envolvendo a conduta de ministros do STJ.
“A sociedade
não pode conviver com qualquer tipo de dúvida sobre a honra e a isenção de
membros do Superior Tribunal de Justiça, cuja respeitabilidade é premissa
inarredável para o pleno exercício da jurisdição”, escreveu a presidente do
STJ.
A nota
oficial, divulgada na noite desta segunda-feira, gerou reclamações dos
ministros citados nas mensagens, que imediatamente se queixaram à ministra.
Eles consideraram o tom do texto excessivamente duro e queriam que a presidente
do tribunal os defendesse publicamente, o que não ocorreu.
Diante das
reclamações, a nota foi levemente modificada. A parte do texto que falava em
“envolvimento de ministros do Superior Tribunal de Justiça em fatos
considerados graves” ganhou a palavra “suposto”.
Confira, a
seguir, a íntegra da nota.
“Nota da
Presidência do STJ
Diante
da matéria publicada pela revista Veja de 13 de setembro de 2017, que
aponta o suposto envolvimento de ministros do Superior Tribunal de Justiça em
fatos considerados graves, que atingem a dignidade e a honradez do Tribunal e
de seus membros, esta Presidência expediu, nesta data, ofício à
Procuradoria-Geral da República, solicitando a apuração, com urgência, do
noticiado, de tudo dando ciência à Presidência do Supremo Tribunal Federal.
A sociedade não pode conviver com qualquer tipo de dúvida sobre a honra e a isenção de membros do Superior Tribunal de Justiça, cuja respeitabilidade é premissa inarredável para o pleno exercício da jurisdição.“
Fonte Veja