Justiça prorroga prisão de suspeito de estuprar, matar e esquartejar Kauan em MS
Investigações da Polícia Civil apontam que o menino morreu enquanto era estuprado pelo professor, foi abusado também por adolescentes e esquartejado duas vezes.
A Justiça prorrogou por mais 30 dias a prisão do professor
suspeito de estuprar, matar e esquartejar o menino Kauan Andrade dos Santos, de
9 anos, em Campo Grande. Decisão saiu na segunda-feira (11).
Kauan desapareceu no dia 25 de junho. Foram feitas várias buscas pelo corpo do menino, que teria sido jogado no rio Anhanduí. A polícia prendeu o suspeito de ter estuprado e matado a criança. Quatro adolescentes contaram aos policiais que teriam presenciado o crime. O professor de 38 anos está preso e nega ter matado o menino.
Crueldade
Investigações da Polícia Civil apontam que Kauan morreu enquanto era estuprado por um
professor, foi abusado também por adolescentes e esquartejado duas vezes.
Segundo os
delegados Paulo Sérgio Lauretto e Aline Sinot, os quatro adolescentes
envolvidos no caso contaram a mesma versão várias vezes em ocasiões diferentes.
Eles relataram o que aconteceu com o menino depois de semanas de investigação,
quando tiveram a certeza de que o professor não seria solto facilmente.
Na versão
deles à polícia, Kauan, o garoto de 14 anos que foi apreendido e mais dois
adolescentes foram à casa do professor no dia 25 de junho. Lá, o homem pediu
que a criança e o garoto ficassem e que os outros dois buscassem um quarto
adolescente.
Enquanto os garotos saíram, o professor abusou de Kauan. Segundo os relatos, o
menino sangrou e desmaiou. Quando os outros chegaram, o professor obrigou os
quatro adolescentes a estuprarem a criança.
Para a Polícia
Civil, Kauan morreu enquanto era estuprado pelo professor, que depois dos
abusos forçou os adolescentes a ficarem na casa, esquartejou o corpo e o
colocou em um saco preto no porta-malas de seu carro.
Ainda na
versão dos adolescentes, o professor foi até o rio Anhanduí, colocou o saco
preto sobre uma pedra, voltou para o carro e levou cada um dos garotos para
casa. A partir daí, os meninos afirmam não saber mais o que aconteceu.
Segundo os
delegados da Delegacia de Proteção à Criança (Depca) e da Delegacia de
Atendimento à Infância e à Juventude (Deaij), as investigações indicam que,
após deixar os adolescentes em casa, o professor teria voltado ao local, pegado
o saco preto e ido para a residência dele.
No imóvel, o
homem teria seguido a um cômodo que fica nos fundos e lá esquartejado mais uma
vez as partes do corpo de Kauan.
Perícia com
luminol no local indicou grande quantidade de sangue de duas pessoas do sexo
masculino. Um deles é parcialmente compatível com o da mãe de Kauan. O
resultado, porém, é inconclusivo, porque não havia nenhum um objeto na casa do
menino que tivesse sido utilizado apenas por ele para que a perícia pudesse ser
feita.
Buscas pelo corpo do menino foram feitas vários dias no rio Anhanduí.
Fonte G1